O sistema OEE pode aumentar a receita e reduzir os custos de sua empresa

O cenário econômico, a concorrência em escala global e as exigências de um mercado cada vez mais exigente colocam para a indústria o desafio de produzir em maior volume, em menor tempo e com maior qualidade.

Não há mais espaço para aumentos de preços como estratégias para compensar a perda de produtividade. Neste sentido, as organizações apostam em sistemas que busquem elevar os níveis de eficiência e reduzir as perdas nos processos produtivos.

O sistema Overall Equipment Effectiveness (OEE), conhecido no Brasil como Eficiência Global dos Equipamentos, busca avaliar se o conjunto de máquinas e equipamentos da unidade industrial têm uso eficiente.

O seu cálculo leva em consideração três índices: disponibilidade, performance e qualidade. Acompanhe:

Perda zero

O sistema OEE objetiva eliminar as perdas no processo de produção. Ele tem uma abordagem que, em última análise, busca elevar a receita da indústria. No entanto, elementos como redução de custos, aumento da qualidade, preço competitivo e menor prazo de entrega compõem o quadro de metas do OEE.

A ideia de perda zero deve ser incorporada à cultura da organização, desde a etapa de concepção de um novo projeto até a sua chegada à linha de produção. O conceito precisa ser incorporado à rotina da empresa em todos os seus níveis hierárquicos.

Cálculos

A mensuração da Eficiência Global dos Equipamentos é expressa pela seguinte fórmula:

OEE% = disponibilidade (%) x performance (%) x qualidade (%)

Sua aplicação pode ser exemplificada em uma situação comum no chão de fábrica. O equipamento funciona em turno de 8 horas, com preparação de 40 minutos e tempo de reabastecimento de 10 minutos.

Ele produz cada item em ciclo de 8 segundos. Ao fim do período, há 3 mil itens fabricados, com 20 deles refugados. Com isso, há os seguintes elementos para análise:

  • tempo programado = 480 minutos;
  • tempo de máquina parada (preparação + reabastecimento) = 50 minutos;
  • ciclo de produção do item = 8 segundos;
  • produção = 3 mil itens;
  • refugo = 20 itens.

O cálculo 1 se refere à disponibilidade. Sua fórmula é:

  • D (%) = (tempo produzindo / tempo programado) x 100
  • D (%) = (480 – 50 / 480) x 100
  • D (%) = (430 / 480) x 100
  • D (%) = 0,8958 x 100
  • D (%) = 89,58%

O cálculo 2 afere a performance, a partir da fórmula:

  • P (%) = (quantidade de produção real / quantidade de produção teórica) x 100

Neste caso, a produção teórica é medida por meio da relação entre o tempo de produção e o ciclo padrão (430 minutos x 60 segundos / 8 segundos de ciclo). A produção teórica é de 3.225 itens.

  • P (%) = (3.000 / 3.225) x 100
  • P (%) = 0,9302 x 100
  • P (%) = 93,02%

O cálculo 3 vai mensurar a qualidade, baseando-se na fórmula:

  • Q (%) = (quantidade de itens bons / quantidade total) x 100
  • Q (%) = (3.000 – 20 / 3.000) x 100
  • Q (%) = (2.980 / 3.000) x 100
  • Q (%) = 0,9933 x 100
  • Q (%) = 99,33%

Com os três índices medidos, calcula-se a OEE

  • OEE (%) = D (%) x P (%) x Q (%)
  • OEE (%) = 89,58% x 93,02% x 99,33%
  • OEE %) = 82,78%

As organizações com elevados patamares de eficiência trabalham com índices de OEE acima de 90%. Na simulação acima, a indústria precisa avaliar a implementação de mudanças para eliminar perdas no seu processo produtivo.

Como sua empresa analisa a eficiência dos equipamentos? Ela utiliza alguma métrica específica? Você já conhece o sistema OEE? Conte-nos a sua experiência.

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